quarta-feira, 21 de março de 2018

The Song Machine

Quando o The Wall Street Journal escolhe um livro sobre songwriting como melhor livro de negócios do ano: The Song Machine: Inside the Hit Factory, de John Seabrock. Um relato do mundo e do esquema de trabalho dos criadores dos grandes hits pops da musica de hoje. Respostas a uma pergunta que volta e meia ouvimos por aí: como e aonde nasce um hit Top 40, desses que não param de tocar em todo lugar nas vozes de Rihana, Taylor Swift, The Weeknd ou Justin Timberlake e que movimentam bilhões nas gravadoras? Quem produz essa sonoridade "robopop" meticulosa,  sob medida tanto para a pista de dança como para programas de rádio e para fones de ouvido de meninas pré-adolescentes?  Os criadores dos blockbusters de cinema todos conhecem: os Spielbergs, Iñáritus e Camerons dos tapetes vermelhos. Mas na indústria da musica esses nomes, e seus processos de trabalho, são curiosamente desconhecidos (propositalmente?) do grande publico. Exemplo: o sueco Max Martin só perde como compositor de números 1 da Billboard para Paul McCartney e John Lennon. E sua influencia estética na musica e na cultura pop é praticamente sem paralelos hoje.
E o livro avança dos estúdios do K Pop aos corredores do Spotify numa leitura ótima, cheia de insights sobre uma musica (goste-se ou não) feita com precisão, pesquisa, talento e sob pressão para render muito dinheiro para muita gente.     

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Deu samba na Abertura da Rio 2106

Na terra do samba, do frevo e do maracatu a musica brasileira foi muito bem apresentada aos mais de  3 bilhões de pessoas que assistiram a abertura dos Jogos Olimpicos Rio 2016 na última sexta.
Uma mistura bem dosada de musicas e artistas que fizeram a história a novos nomes que vão fazer a musica brasileira dos próximos anos: Gilberto Gil, Ludmila, Paulinho da Viola, Gang do Electro, Elza Soares, D2, Zeca Pagodinho, Carol Conka, até a garota MC Soffia de 12 anos apenas.
Cinco faixas da ybmusic na festa: durante a entreda dos atletas faixas de Alafia, Felipe Cordeiro, Turbo Trio, Caçapa e Alessandra Leão costuradas e reeditadas pelo DJ Erico Theobaldo tinham a função de dar ritmo e pompa `a entrada dos 10.000 atletas que compunham a parada.
Você ouve as faixas da casa presentes na festa neste playlist:



terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Layered tracks

Já ouviu uma layered track? Começaram a pipocar uploads de youtube, playlists e soundclouds do que literalmente se traduz por: faixa com sobreposição. Basicamente: uma música editada (em qualquer programa free tipo Garage Band) de modo que ela comece a tocar primeiro no canal esquerdo- e o canal direito comeca a tocar a mesma faixa, começando alguns compassos depois. Isso basicamente tem que se ouvir em fones de ouvido para funcionar.
Surgem versões layered de Arctic Monkeys, Katy Perry, Justin Bieber, Jay Z, artistas pops para público teen.
A primeira reação ao ouvir é a estranheza do caos controlado. Um certo esforço mental de sacar o que está acontecendo, o que deve ser mais fácil para teens uma geração multitask que tecla, joga, fala e ouve música ao mesmo tempo sem se incomodar com isso. Depois, vira um canone digital. Um re-edit da música feito sem se pensar muito. Na verdade, um truque rápido e efetivo, da linguagem de DJs.
Em algumas músicas, isso funciona melhor que em outras, claro. E claro também que isso é um modismo de nicho que  provavelmente não vai durar mais que meses. A questão não é estetica ou se é bom ou não. Mas fica uma bola levantada: é um tipo de música que foi feito para se ouvir em headphones,  chega-se a criar tags ou títulos de playlists com o 'listen with headphone"- o que todo mundo faz o tempo inteiro.
A música pop sempre se aproveitou  criativamente da separação estéreo e de fase  desde a psicodelia de Hendrix, Beatles e Who nos 60, experimentalismo nos 80, Trevor Horn. Claro que as mixes pops digitais de Timbaland, will i. am, ou no de dubstep e glitch exploram isso sabendo da forma final do seu consumo. Mas não de forma tão radical. No fundo, para quem trabalha com isso,  é inevitável sentir um "estalo" das possibilidades e de como temos trabalhado.
Essa primeira idéia de layered track é tosca mesmo, mas tem um  graça do D.I.Y do punk que é inevitável. Uma música feita por quem não sabe, sem pretensão, em equipamento do mais barato que existe, para consumo próprio quem quiser ouvir. Boas idéias surgem desses casos.
Então: Why'd You Only Call Me When You're High - layered. Ponha os fones.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Censura pop

O "Selvática" da Karina Buhr sai amanhã em meio a polemicas digitais.
A capa, com a artista de peito aberto como pede o album com esse conceito, teve suas postagens bloqueadas pelo Facebook gerando uma onda de repulsa à censura por uma boa leva de internautas.
Não só o Facebook, mas a loja digital do iTunes também proibiu a capa com a arte original do disco. Não pode ter seios à mostra.
O interessante é que esse subito moralismo não reflete em nada a história da música pop onde a loja se apoia. E mostra uma falta de coeriencia difícil de entender: em uma rápida pesquisa na loja virtual acha-se facilmente uma coleção de capas com peitos de moças (e de moços) de fora. Parece que a censura não cabe às gravadoras majors: estão lá o Pixies e seu Surfer Rosa,  The Cars com a lânguida ruiva de Candy-O e ate´ pérolas underground 70s como Blowfly.
Puro nonsense em 2015.




quinta-feira, 25 de junho de 2015

Toca discos

Olha só; em pleno avanço do streaming, da discussão pelos royalties digitais (mínimos) dos artistas, na véspera da chegada do Apple Music, do provável fim do mp3 pipocam no meio da Vila Madalena não uma, mas duas  LOJAS DE DISCOS! Isso, daqueles lugares que existiam antes onde as pessoas que gostam de musica se encontravam, conversavam, conheciam, palpitavam, ouviam e consumiam musica sem culpa. E sem mídias sociais no meio pra falar o que ouvir.
O motivo -  vinil. Bem vindo de volta.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Medalha medalha medalha

Saulo Duarte e a Unidade ganhou o prêmio de Melhor Grupo em Canção Popular no 26º Prêmio da Música Brasileira em cerimônia ontem no Rio de Janeiro. A banda vem no embalo do seu disco "Quente" (ybmusic) com sua mistura de rock, guitarrada, pop e reggae.
E nosso Luca Raele assina os arranjos da vencedora de Melhor Canção, "Sedutora" da Monica Salmaso.
O Prêmio da Música Brasileira é a maior premiação na área no País, antes com o nome de Prêmio Sharp (1987 a 1998), depois Prêmio TIM de Música (2003 a 2008).
Maria Bethânia com seus 50 anos de carreira foi a grande homenageada da noite.


quinta-feira, 30 de abril de 2015

Behind the scenes: Mundo Cão

Dê uma espiada nos bastidores do longa "Mundo Cão" com Lazaro Ramos, Babu Santana e direção do Marcos Jorge A trilha sonora, ainda em produção nos estúdios, da ybmusic. Aqui:

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Magnifica 70

Estréia em maio Magnífica 70, a nova série nacional da HBO. Com trilha original e music licensing da ybmusic, a série tem direção geral de Claudio Torres e direção de episódios de Carol Jabor.
Cinema Boca do Lixo, ditadura, censura dos anos 70; conheça a história e um pouco dos bastidores:


sexta-feira, 10 de abril de 2015

Festival Path

Um fim de semana em São Paulo de música, encontros, troca de informações, festa e comidas de rua. Tudo o que a gente gosta.
O Path Festival acontece 25 e 26 de abril com 107 palestras, 21 atraçoes musicais, 08 filmes em mais de 150 horas de programação espalhadas pelo bairro de Pinheiros. Blues, Gaby Amarantos, erudito, burguers, Arthur Veríssimo, Saulo Duarte e a Unidade, R/GA, Gui Padua, cerveja, novas mídias, games,  jazz, Trip, Thiago Franca, Gilberto Dimenstein, muita coisa.
A ybmusic entra com a curadoria e produção musical do evento.
Não perca; veja as informações adicionais e reserve seu ingresso aqui.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Da Funk

O produtor americano Diplo, que toca pelo seu Major Lazer no Lollapalooza neste fim de semana teve cinco horas livres em São Paulo na semana passada que foram usadas numa sessão de gravação com MC Bin Laden e o Tropkillaz aqui na ybmusic.
Diplo não é novato na cena do funk, na verdade foi um dos responsáveis pela exportação do gênero na virada da década. A novidade agora é o funk de São Paulo, e a velocidade cada vez maior na descoberta de estilos e gêneros e as misturas possíveis. Veja a entrevista que a Vice fez com  Diplo e Bin Laden aqui: