terça-feira, 15 de março de 2011

Festival Recbeat


Em 2011, o Recbeat manteve a sua tradição: tanto lançou artistas como confirmou a visibilidade de outros que já tinham sido projetados pelo evento. Foi o caso do Mombojó: a banda recifense comemorou, no domingo de carnaval, os seus 10 anos. Tocando alternadamente músicas dos seus três discos, a banda foi aclamada pelo público da sua cidade. Chamaram ao palco convidados de bandas como a Devotos, A Banda de Joseph Tourton; além de Otto, demonstrando que há apoio mútuo entre veteranos, jovens e o Mombojó.


A participação inusitada de convidados nos shows é, por sinal, um dos pontos altos do festival. Na apresentação de Felipe Cordeiro, por exemplo, a plateia adorou quando o artista paraense chamou ao palco sua conterrânea, Gaby Amarantos, para cantar uma música. Céu participou do show de Guizado, tocando “Flores” dos Titãs; o Buguinha Dub tocou com Lurdez da Luz no sábado, e a big-band mutante do Quanta Ladeira (o maior bloco parado do mundo) recebeu Fafá de Belém, Chico César e Carlos Malta.



A Baiana System, por sua vez, esteve entre uma das revelações do festival. O seu som surpreende os desavisados, trazendo misturas de Dancehall, Dubstep, Reggae, Hip Hop, Carimbó e Beatbox à guitarra baiana. A Baiana System ainda é acompanhada por um projeto gráfico interessantíssimo, que acompanha o som e bota abaixo pré-concepções sobre a música feita na Bahia.

Um ponto interessante do festival é que ele demonstrou a "aglomeração" - como o Romulo Fróes chamou em entrevista ao Scream & Yell - da cena paulistana, por meio das trocas de músicos entre as bandas. Artistas como Régis Damasceno, Richard Ribeiro, Loco Sosa - apenas citando alguns exemplos - tocaram com Marcelo Jeneci, Los Pirata, Guizado, e outras bandas.
Na terça-feira de carnaval, o público do Recbeat ficou dividido entre as atrações do festival e as de um palco próximo, no Pátio São Pedro, que teve as apresentações de BNegão & Os Seletores de Frequência, Junio Barreto, Academia da Berlinda e DJ Dolores - numa troca entre a música mais regional pernambucana e o hip hop/funk paulistano.



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